Chocolate não interfere na acne, mas deve haver moderação, diz especialista

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Ovo de Páscoa, barra e coelhos de chocolate. Não faltam opções de doces na Semana Santa. Mas, é comum que pessoas se deparem com dúvidas ou receios na hora de aproveitar os doces, por causa do possível agravamento dos problemas da pele, como a acne.

Embora não exista comprovação científica de que o chocolate provoque aumento das espinhas, parte dos especialistas afirma que, em excesso, o produto pode interferir na acne, mas apenas naqueles que possuem pré-disposição.

“Não há comprovação científica de que o chocolate provoque a piora da acne. O que acontece, normalmente, está relacionado ao consumo do leite, que tem uma substância que promove piora na acne, mas não é todo mundo que tem reação. Às vezes, peço para pacientes que estão fazendo tratamento de uma acne agressiva para diminuir o consumo de leite e derivados”, explica a dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional da Bahia, Anete Oliveri.

ACNE X CHOCOLATE
A acne é provocada, em boa parte dos casos, por alterações hormonais que tendem a se intensificar no período da adolescência, menstrual ou durante a gravidez. No entanto, existem hábitos que podem contribuir para o surgimento das espinhas, como o uso de maquiagem de má qualidade, cremes gordurosos no rosto e até a falta de limpeza da pele, o que promove a oleosidade e, consequentemente, o aparecimento da acne. Como as causas variam, deve-se consultar um dermatologista para auxiliar no diagnóstico.

Para quem não tem pré-disposição, a relação entre chocolate e espinhas é mito. Para os que têm e não querem deixar de consumir os doces, a recomendação é preferir a versão do produto mais amargo, que tem alta concentração de cacau, que também traz benefícios à saúde, como o estímulo ao sistema nervoso. Em dietas em que o leite é restrito, o tipo amargo também é opção.

“Os chocolates mais amargos podem trazer benefícios para pele, por terem antioxidantes. Na Páscoa, não se deve substituir a alimentação regular por alimentos mais gordurosos”, reforça a dermatologista da clínica SanLazzaro e integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia Laís Filadelfo.

No mercado, existem diferentes chocolates: diet, branco, ao leite, meio-amargo, amargo e até alternativas similares ao cacau, como a alfarroba. Mas, ao escolher, de acordo com a nutricionista e professora do curso de Gastronomia da Estácio/Fib, Joseni França, deve-se evitar o tipo diet.

“O produto existe para aqueles que não podem ingerir açúcar, como os diabéticos. Não é recomendado substituir o chocolate comum por esse tipo específico se não possui a restrição”, pondera. A composição deles geralmente é com mais gordura do que o tradicional e há ingredientes à base de amido.
Fonte correio 24h

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