Por mais clichê que possa soar, visitar a Chapada Diamantina é sempre uma oportunidade de descobrir tesouros encravados no interior baiano. Conhecida pelas suas belezas naturais, cachoeiras que mais parecem muralhas d’água e clima místico que envolve a região, a Chapada é um dos principais destinos turísticos do nosso estado.
Nesse paraíso, uma cidadezinha chama a atenção pela simpatia, organização e estrutura para receber forasteiros em busca de aventura ou dias de sossego. Distante cerca de 450 km de Salvador, Mucugê é a típica cidade de interior.
Uma praça, um coreto, pessoas conversando nas portas das casas, calçamento de pedra. Em muitos momentos, quem passeia pelas ruazinhas do município com pouco mais de 18 mil habitantes se sente figurante em uma daquelas novelas das 18h que passava antigamente.
Rodeada por longas cadeias de montanha, admirar a cidade já é, por si só, uma atração. Porém, para os mais atirados e dispostos a encarar uma caminhada de pouco de mais de uma hora, vale muito a pena escalar as montanhas onde ficam os cruzeiros (cruzes no alto do morro) de Mucugê.
De lá de cima, a vista é surreal. É possível ver toda a cidade, boa parte da imensidão verde que circunda a Chapada, e respirar um dos ares mais puros que você irá encontrar. Essas trilhas, apesar de exigirem certo cuidado, podem tranquilamente ser feitas por seres urbanos pouco íntimos das academias.
O cruzeiro mais famoso – esse eu diria que é de escalada obrigatória – está na montanha que abraça o Cemitério Bizantino da cidade. Agradável, o local é aberto a visitação e está sempre com um outro turista fazendo uma selfie num túmulo. O que pode parecer algo mórbido, no entanto, se transforma em uma boa oportunidade para enxergar a morte, e consequentemente a vida, por uma perspectiva mais natural.Outra parada obrigatória em Mucugê é a Reserva Sempre Viva, onde está localizada a cachoeira do Tiburtino e o Parque Natural Municipal. Lá, encontramos, além de um banho de água gelada revigorante, um pouco da história do garimpo.
Uma exposição permanente mostra utensílios, roupas e ferramentas utilizados pelos garimpeiros no duro ofício de extrair pedras preciosas. O caminho para chegar à cachoeira, que tem um excelente poço para tomar banho, é bem tranquilo e o visitante paga R$ 10 para entrar. Vale a pena.
Menos badalada do que o Tiburtino, a cachoeira da Moça Loira é outra boa opção de passeio e que fica a apenas 7 Km do centro de Mucugê. No período de cheias, a queda d’água oferece uma hidromassagem que compensa com sobras os minutos de caminhada até o local. Além do que, o lugar é excelente para tirar aquela foto que vai ilustrar a imagem de perfil do Facebook.
Mucugê ainda oferece opções de trilhas de bike e outras alternativas mais hard. Agências de turismo, como a KM Chapada Turismo e a Natureza Insight, podem ajudar o viajante a montar a agenda. Há também pousadas bem estruturadas e outras mais simples, prontas para receber quem chega. Fonte correio 24h