Guerra e ataques em massa! O Sindicato dos Profissionais de Educação SPEL-Sindicato de Livramento despejou toda sua ira no jornalista Raimundo Marinho e no próprio site dele, o Mandacaru da Serra, ao emitir nota pública em que o que não faltou foi um rosário de impropérios, como “causar uma confusão nos nossos associados e à sociedade livramentense, transmitindo a falsa informação”, “viola a ética do verdadeiro e sério jornalismo de informar com responsabilidade e imparcialidade a sociedade”, “matéria tendenciosa e também maldosa”, e ainda com acusações mais duras, “fruto da relação íntima e familiar que o seu editor possui com alguns membros da associação sindical que nos faz oposição, o que o leva, consequente e indevidamente, produzir matérias a nós relacionadas de cunho passional e parcial”, dentre outros trechos constados na referida nota.
A revolta da diretora do SPEL se dá por conta de uma reportagem do portal que acusa que o processo de pedido de registro sindical, feito pelo Sindicato dos Profissionais de Educação do Município de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, o SPEL, foi arquivado pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, postada na data de 22. A matéria reitera que “conforme o número do processo (46000.012637/2005-62), o pedido é de 2005 e o arquivamento ocorreu, segundo despacho do secretário do Ministério, por que o SPEL não atendeu, no prazo legal, as exigências previstas na legislação”.
De acordo com o site Mandacaru da Serra, o “SPEL, que já atua há cerca de 12 anos, agora corre o risco de não poder mais representar a categoria. O que é uma pena, pois foi a primeira entidade do gênero ligada a trabalhadores da educação em Livramento”.
Também em resposta crítica e contundente, Raimundo Marinho postou como breve comentário do editor, postada domingo (24), que “a nota é escamoteadora, contraditória e omissa em si mesma. Começa negando aos afiliados o direito de saber o nome do site. De duas uma, ou reconhece a popularidade do portal ou quis esconder o fato dos associados”, rebatendo que o site em nenhum momento diz que SPEL fechou as portas e sim que, sem o registro corre o risco de não poder representar a categoria”, inclusive na Justiça. “E corre mesmo, devendo os associados ficarem atentos”.
Sobre trecho da nota em que o sindicato dos professores acusa que a reportagem “é fruto da relação íntima e familiar” que o editor teria com membros da APLB-Sindicato, ele foi mais crítico e irônico: “Não detalhou o caráter dessa “relação íntima”, mas a distinguiu da “relação familiar”, o que induz à interpretação de que poderia ser mais profunda, como “sexual”, “homoafetiva” ou “surubática”.
A nota do SPEL foi divulgada amplamente nas redes sociais, o que gerou ainda mais revolta do jornalista porque, segundo ele, o correto seria que os dirigentes sindicalistas rebatessem a reportagem através de nota encaminhada ao próprio site, inclusive invocando o “direito de resposta” assegurado na lei de imprensa e na própria Constituição Federal, reiterando que “eles é que têm o dever de dar publicidade aos seus atos, procurados ou não pela imprensa”. O que é mesmo verdade.
Por fim, Marinho finaliza os seus comentários com ironia fina: “A nota é encerrada em moldes nazistas: “não confiem nas matérias produzidas por este site”. E discrimina os associados, referindo-se apenas aos professores, no grito de guerra: “Avante, professores, a luta continua!!”.