O mês de outubro começa e a população brasileira recebe de cara o anúncio de que a fome por rejustes do governo está cada vez mais insaciável. No mês de setembro, em quase que escalas semanais sofreram aumentos os combustíveis, o gás de cozinha e a própria conta de luz. Agora, outro reajuste tarifário vai deixar o bolso do povo mais vazio.
É que a tarifa extra em vigor nas contas de energia ficará mais cara a partir 1º de outubro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve anunciar dia 1º que a bandeira tarifária vai passar para vermelha patamar 2, a mais cara prevista, e a taxa cobrada nas contas de luz será R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos.
Seria a primeira vez desde 2015, quando o sistema foi criado, que a taxa extra de R$ 3,50 seria cobrada. Em setembro vigorou a bandeira amarela, que aplica taxa extra de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos. O motivo para o encarecimento é a estiagem e a necessidade de uso mais intenso das termelétricas, justifica a agência. O custo de geração de energia fica mais alto conforme aumenta o uso de usinas termelétricas, já que tal modalidade usa combustível (óleo, gás, carvão, biomassa) para gerar eletricidade – a mais cara produzida pelas hidrelétricas.
Neste ano, o país enfrenta uma nova estiagem, que reduziu o volume de água armazenado nos reservatórios das principais hidrelétricas do país. Por causa da necessidade de poupar essa água, o governo aciona mais termelétricas para atender à demanda dos consumidores.