Justiça limita eventos com apresentador Ratinho em campanha do filho no Paraná

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Pai do candidato ao governo do Paraná Ratinho Júnior (PSD), o apresentador Ratinho teve sua participação em eventos de campanha do filho limitada pela Justiça. O juiz Gilberto Ferreira, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), determinou que atos com a presença do empresário não sejam animados ou apresentados por ele, tampouco anunciados dando destaque à sua participação.

A decisão considera que a figura do pai do candidato vinha sendo usada para “atrair um público maior aos comícios de Ratinho Júnior”, o que extrapola os limites da liberdade de expressão e desequilibra o pleito.

O magistrado citou peças de campanha que anunciam a presença de “Ratinho pai” nos eventos. Em um dos convites, lê-se: “Venha dar um abraço no Ratinho!”. “Não se pode impedir que o cidadão Ratinho preste apoio ao filho durante a campanha eleitoral, inclusive participando de comícios e eventos. Contudo, deve-se evitar o abuso desse direito”, escreveu Ferreira.

Para o juiz, celebridades e artistas não podem atuar em eventos de campanha “na condição de protagonistas”, mas sim como cidadãos. Em um dos eventos com a participação do apresentador, realizado no início de setembro em Curitiba, Ratinho pai elogiou o filho por “gostar do povo”, e pediu: “Se vocês gostam do Ratinho, desse Ratinho aqui [aponta para si], votem no meu filho”. A decisão, de caráter provisório e da qual ainda cabe recurso, atende a pedido da coligação de Cida Borghetti (PP), atual governadora e candidata à reeleição.

Ratinho Júnior, que foi deputado estadual, federal e secretário de Desenvolvimento Urbano, está em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. No último Ibope, feito no início de setembro, tinha 42% das intenções de voto, contra 13% de Cida. Em terceiro lugar, aparece o deputado federal João Arruda (PMDB), com 6%.

Para Ratinho Júnior, a justiça “está querendo crucificar um pai”. Segundo ele, o apresentador tem participado dos eventos para contar a história da família e da atuação do filho como gestor do grupo empresarial. “Estão tirando um pai da campanha de um filho”, afirmou. A coligação deve recorrer.

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