Por: G1
A Vale afirmou nesta segunda-feira (4) que a Justiça determinou que a mineradora pare de lançar rejeitos ou pratique qualquer atividade potencialmente capaz de aumentar os riscos em oito barragens em Minas Gerais.
Entre elas está a barragem de Laranjeiras em Barão de Cocais, na Região Central, que faz parte da Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, cidade vizinha. Esta mina é a maior da Vale no estado.
A decisão da 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte foi baseada em uma ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O processo segue em segredo de Justiça.
Além da barragem Laranjeiras, a decisão também abrange:
- Menezes II, em Brumadinho;
- Capitão do Mato, Dique B e Taquaras, em Nova Lima, na Região Metropolitana;
- Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, em Ouro Preto, na Região Central.
O que diz a Vale
Segundo a mineradora, as três barragens de Forquilha são as únicas construídas a montante e estão desativadas. Elas devem passar por descomissionamento.
Dentre as outras cinco barragens contidas na decisão, a Vale afirma que Laranjeiras é a única para deposição de rejeitos, as demais são para deposição de sedimentos.
A mineradora afirmou que “todas as barragens estão devidamente licenciadas e possuem seus respectivos atestados de estabilidade vigentes”. Disse ainda que vai recorrer.
O impacto estimado da paralisação temporária da barragem de Laranjeiras na mina de Brucutu (complexo de Minas Centrais) é de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A Vale afirmou que as atividades estão suspensas em Brucutu por causa da decisão.
Segundo o Prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho, a cidade vive 95% dos recursos da mineração. “Os Impactos serão bem grandes para a cidade se ficar muitos dias parado”.
Diferentemente da Vale, ele afirmou que nesta segunda-feira estavam paradas as atividades de mineração que usam água e geram rejeitos. Já as atividades na Usina de Finos, que produz o minério a seco estavam funcionando.