Frequentemente associados a projetos rústicos, os tijolos aparentes dão forma a moradias despojadas e atuais. Veja também sugestões de resinas e acessórios.
Em vez de se esconder sob camadas de reboco e tinta, os tijolos se tornaram o principal elemento desta casa em Brasília, assinada pelo escritório Bloco Arquitetos. “Projetamos considerando a medida exata das unidades, usadas inteiras”, fala o arquiteto Matheus Seco. A ideia foi inserir um dos materiais mais primitivos de nossa arquitetura num contexto contemporâneo, com variação de tipos e paginações. “Alternamos as lajotas com blocos de vidro num trecho, e assentamos as primeiras em pé nas duas fiadas superiores, além de adotar versões de canto”, completa, se referindo aos modelos maciços da Estrutura Center. Obra executada pela engenheira Daniella Malva e pelo mestre de obras Gilmar Guimarães.
Situada no subsolo deste sobrado carioca, a sala multiúso era um tanto úmida, especialmente na parede ao fundo. Além de resolver essa demanda, a arquiteta Renata Bartolomeu, do escritório in/ex arquitetura, tinha de escolher um revestimento que também se comportasse bem na área externa, à qual o ambiente está integrado.“Cobrimos de tijolos a superfície atrás do sofá e o chão, variando a disposição e conquistando um clima acolhedor”, conta a profissional. No primeiro caso, não há junta sentre as peças (Argile), o que resulta num visual mais moderno. No segundo, Renata adotou o padrão conhecido como espinha de peixe. Hidrofugante protege os blocos.
Com o intuito de reproduzir o clima de uma casa de vila, a arquiteta Flávia Gerab usou lajotas de demolição para forrar a parede principal deste apartamento paulistano. Antes da pintura com tinta acrílica fosca (Suvinil), o engenheiro Marcos Penteado descascou a superfície para aumentar a aderência das peças de barro e preparou a base com seladora. No trabalho artesanal, cortou os blocos (Construverde) um a um. “O modelo de demolição é maior do que o comum, por isso tivemos de reparti-lo em três”, diz Marcos. “Toda a tubulação hidráulica e elétrica deve ser prevista antes do revestimento, pois ele não admite reparos”, completa.