A importância da imposição de limites na nossa educação

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*Por Irlando Oliveira

O processo educacional perpassa, necessariamente, por três fases distintas, interdependentes, complementares e intimamente ligadas: Família, Escola e Sociedade. A primeira é responsável por imprimir no ser em formação os princípios elementares da educação. Assim, as noções de regras, de limites e de normas devem prevalecer, de modo a facultar no indivíduo o entendimento e o discernimento de que na vida tudo é regido por mecanismos balizadores de conduta, os quais, se perseguidos e incorporados, nos conduzirão a um convívio social agradável, respeitador e harmonioso.

A segunda fase – a Escola – compõe o cenário do educando, vez que ensejará ao mesmo uma convivência em um ambiente completamente diferente daquele vivenciado no seio do lar, considerando uma mescla de personalidades diferentes daquelas encontradas na Família: pai, mãe, irmão e/ou irmã. Desta forma, o ambiente escolar é portador de uma função social importantíssima, habilitando o discente para o convívio social.

A Sociedade traz, por sua vez, o fechamento do ciclo do processo educacional, apresentando a todos nós o pacto a ser seguido – através das leis -, o qual norteará a nossa conduta enquanto cidadãos. Assim, guardadas as proporções, a penalização ante o ato desviante constatado pelos pais no seio do lar, apresentada através de um “castigo”, pode ser constatada, também, no ambiente escolar, diante de um ato de indisciplina, o qual será punido através de uma suspensão temporária, culminando, na sociedade, com a pena de prisão, por exemplo, ante um ato criminoso. Há uma escala gradativa de punições, por assim dizer, crescente, envolvendo o ambiente familiar, escolar e social. Disso resulta a importância da imposição de limites ao ser em formação, desde tenra idade, como forma de prepará-lo para o cumprimento das suas obrigações e do seguimento dos ditames formais que regulam qualquer sociedade organizada.

Incontestavelmente, a educação que dispensamos aos nossos filhos terá seus reflexos na sociedade. Se o nosso pequenino tem um bom comportamento em casa, certamente o terá no ambiente escolar e, via de consequência, na sociedade. Se não desejamos ver nossos rebentos desencaminhados na vida, que façamos a nossa parte, arrostando os ministérios da paternidade e da maternidade com afinco e denodo, como forma de emprestarmos o nosso contributo ao tecido social.

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* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Major do QOPM, atual Comandante da 46ª CIPM/Livramento de Nossa Senhora, Aspirante a Oficial da Turma de 1986, tendo ingressado nas fileiras da Corporação no ano de 1984. Possui especialização em Gestão da Segurança Pública, pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Direitos Humanos, pela Faculdade Dois de Julho; e Programa de Desenvolvimento Gerencial Integrado (PDGI), na área de Gestão de Segurança Pública, pela UNEB e Fundação de Administração e Pesquisa Econômico-Social (FAPES). É autor do Projeto Ações Preventivas nas Escolas e Comunidades (Proapec), tendo proferido mais de 150 (cento e cinquenta) palestras no Oeste e Sudoeste baiano, abordando temas sobre Segurança Pública, Violência em Meio Escolar, Segurança nas Escolas, Drogas, dentre outros.
Email: irlandooliveira@gmail.com

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