Os senadores não fizeram questão de esconder como votarão em relação à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Na sessão que vota a admissibilidade, que começou na manhã desta quarta-feira (11) e avançou na madrugada desta quinta (12), apenas o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL) se posicionou de forma neutra – o senador foi alvo de um processo semelhante em 1992, mas renunciou antes da votação chegar ao Senado.
Para que haja a aprovação do relatório de Antônio Anastasia (PSDB-MG), que pede a abertura da investigação contra Dilma, são necessários votos favoráveis da maioria simples entre os presentes. Caso todos os senadores estejam no plenário para a votação, 41 votos são suficientes para afastar a presidente por 180 dias. Até as 3h15 desta quinta, entre os 58 que discursaram, 41 já mostraram que devem apoiar o impeachment. Entre eles, estão Aécio Neves (PSDB-MG), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Romário (PSB-RJ).
Até o momento, 16 parlamentares foram contrários ao processo, como os baianos Lídice da Mata (PSB) e Otto Alencar (PSD). Três senadores não devem votar no processo: Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA) estão de licença para tratamento médico; já o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MT) ainda não foi oficialmente substituído após o Senado aprovar sua cassação nesta quarta. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou que não votará para manter “isenção” e “neutralidade” no comando do processo. fonte BN