Saúde: Infarto também atinge os mais jovens

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O infarto agudo do miocárdio é a doença que mais mata o ser humano no mundo. Dezessete milhões de pessoas morrem subitamente por ano em decorrência de doenças cardiovasculares, ou seja, uma pessoa a cada dois minutos. No Brasil 30% das mortes são causados por problemas no coração. Recentemente o mal vem provocando vítimas com menos de 45 anos. “ É uma coisa séria, uma doença de uma prevalência epidemiológica muito elevada”, alerta o cardiologista baiano Adelson Andrade, Superintendente do Hospital da Bahia.

Os especialistas já sabem o que causa o infarto, da mesma forma que sabemos ser o mosquito aedes aegypti causador da dengue, febre chikungunya e vírus zika. “O cigarro, o colesterol alto, açúcar alto, a pressão alta, a obesidade e o sedentarismo são fatores que causam o infarto. Da mesma forma que nós estamos tentando acabar com o mosquito da dengue, nós precisamos conscientizar a população para tirar do seu cotidiano estes fatores de risco”, diz o médico.

Conforme o especialista, o infarto tem uma prevalência em indivíduos, tanto homens como mulheres, com mais de 50 anos, mas ele afirma ser evidente que pode ocorrer em pessoas mais jovens. “ O que vale dizer que, o fato do indivíduo ser jovem, não quer dizer que ele não possa ter infarto agudo do miocárdio, sobretudo aqueles indivíduos mais jovens que têm na sua vida fatores de riscos, dentre eles os que têm histórico na família. Existe um determinismo genético para a ocorrência de uminfarto e se os familiares tiveram infarto em idade mais jovens, a tendência dele é maior ainda”, afirma o cardiologista Jadelson Andrade.

No caso do jovem com histórico familiar propenso aoinfarto, que pode também levar à morte súbita, é necessário ficar atento aos fatores de risco, mais do que as pessoas sem ocorrências do gênero na família. “ Mais recentemente foi observado a ocorrência de infartos em indivíduos muito jovens, abaixo até dos 40 anos. São indivíduos que usam drogas, sobretudo os que usam cocaína, que lesa o interior das artérias favorecendo o entupimento e levando ao infarto”, relata o especialista em doenças do coração.

O aconselhável para quem se insere neste universo de vida perigoso, independente de sexo, é se afastar dos fatores de risco. “ Que ele dose periodicamente o seu colesterol, que meça a sua pressão arterial, que meça a taxa de açúcar, que corrija essas taxas se estiverem elevadas, que faça um pouco de exercício e que controle o seu peso. Se ele fizer isso, ele vai diminuir, e muito, a chance de vir a ter um infarto. Para aqueles que têm história familiar, esses têm que ser mais rigorosos ainda, têm que manter uma assistência médica precoce, fazendo avaliações médicas regulares, a cada seis meses ou anual de acordo com a orientação do médico, para que ele possa fugir desse determinismo genético”.

De acordo com Dr. Jadelson Andrade, o infarto nos indivíduos abaixo dos 50 anos é muito mais agressivo e geralmente levam à morte súbita ou a donos muito graves no coração. “Isto porque o indivíduo a medida que vai envelhecendo, o organismo vai desenvolvendo circulação colateral que protege contra o entupimento das artérias principais. O jovem não tem essa proteção natural e, um outro fator, pelo seu vigor físico faz atividades físicas mais rigorosas, não tem as limitações que o idoso tem e muitas vezes faz atividades físicas mais exuberantes, num momento de estresse mais acentuado, e isto leva normalmente às situações mais complexas”. Fonte Tribuna da Bahia

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