Em entrevista ao jornal espanhol El País, a presidente afastada Dilma Rousseff acenou mais uma vez com a possibilidade de realizar um plebiscito caso retorne ao governo.
“Não estou dizendo que, se voltar, vai haver uma consulta popular. Estou dizendo que, para que haja uma consulta popular, é preciso que eu volte. Porque o meu mandato é legítimo. E o dele (Michel Temer) não é”, disse a petista ao jornalista Antonio Jiménez Barca, em conversa no Palácio do Alvorada.
Sobre a necessidade de convencer senadores a votar contra o impeachment, Dilma afirmou que tem usado o debate para conseguir retornar ao comando do governo. “Não é só o impeachment. É a história. A história está sendo registrada. O sistema político brasileiro está em colapso: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está afastado do cargo. O procurador-geral pediu para prender o presidente do Senado, Renan Calheiros. Minha volta tem a ver com meu mandato, mas também com a reconstrução da democracia no Brasil”, disse.
Se conseguir voltar ao governo, Dilma garante que não fará mais acordos com a coalizão liderada pelo PMDB. “Isso acabou no País. Se voltar, tenho de pensar em como entregar o Brasil ao novo presidente eleito. Teremos que discutir se é possível governar com 35 partidos, se é possível governar sem fazer uma reforma política antes”, afirmou. As informações são do Estadão. fonte Bahia Econômica