A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que a edição dos decretos orçamentários que são alvo da denúncia de impeachment eram atos de rotina da gestão e afirmou que o processo contra ela é movido por razões puramente políticas.
Dilma disse que não partiu dela nenhuma determinação sobre o atraso nos repasses ao Banco do Brasil no Plano Safra, caso conhecido como pedalada fiscal pelo qual a presidente também é acusada.
A manifestação de Dilma foi lida pelo advogado de defesa da petista, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em sessão da comissão do impeachment do Senado na quarta-feira (6). A sessão estava marcada para o interrogatório de Dilma, mas a presidente afastada decidiu não comparecer, o que é direito da defesa.
Sobre as pedaladas, Dilma afirmou que a gestão do Plano Safra, e, portanto, os pagamentos, são de responsabilidade do Ministério da Fazenda. A presidente repetiu o argumento de sua defesa de que os decretos que ampliaram créditos do Orçamento não causaram impacto na obtenção da meta fiscal, pois tratavam apenas de uma previsão de gastos e não determinavam o pagamento das despesas, que estavam limitadas naquele momento por um contingenciamento no caixa do governo federal. (Estadão)