Dilma diz que conseguirá evitar impeachment no Senado

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A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que acredita conseguir evitar o impeachment no Senado em entrevista à revista norte-americana Time. Questionada se conseguirá os 27 votos necessários contra o processo no plenário, ela respondeu “lutei para isso… e tenho a convicção de que posso vencer”.

“Estou sendo julgada por um não crime. O que está acontecendo no Brasil não é um golpe militar, mas parlamentar. Está afetando as instituições, as erodindo por dentro, as contaminando. Então, eu acredito que essa luta requer uma arma. Vivemos em uma democracia e a respeitamos. A arma nessa luta é o debate, a explanação e o diálogo.”

Na entrevista, Dilma voltou a defender a realização de um plebiscito para que o presidente que exercerá o mandato a partir de 2019 possa “comandar o País de uma forma melhor”. Ela também disse que o impeachment é misógino. “Quando uma mulher se torna a primeira presidente da República, abre espaço para uma avaliação da mulher que é muito estereotipada. De um lado são histéricas. De outro, insensível, fria e sem coração”, afirmou.

A presidente afastada culpou a crise política por colocar o País em recessão, especialmente a partir do ano passado. À Time, falou ter tentado uma política a fim de prevenir que o pior da crise global chegasse. “Tivemos algum sucesso em 2011, 2012, 2013 e 2014.”

A petista voltou a dizer que não vai à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio por ter sido convidada em uma posição “injusta (…) muito secundária, que não condiz com o seu status presidencial”. “Fui eleita com 54,4 milhões de votos”, lembrou. (Estadão)

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