No mesmo dia em que assumir definitivamente a Presidência da República caso Dilma Rousseff sofra o impeachment, Michel Temer passará para outro político o controle do país. Com viagem à China marcada para reunião do G20, em 4 e 5 de setembro, o peemedebista será substituído interinamente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), eleito para o cargo há apenas dois meses, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Como Michel Temer não tem vice, o presidente da Câmara é o próximo na linha sucessória da Presidência.
Para o período de ausência, o interino colocou o gabinete presidencial e a estrutura de comunicação do Palácio do Planalto à disposição do aliado, que ficará à frente do Poder Executivo por quase uma semana. Em conversas com aliados, Maia manifestou a intenção de atuar como um presidente interino “discreto”, “quase invisível”. O objetivo é evitar passar a imagem de interesse pelo cargo, o que poderia causar um desgaste avaliado como desnecessário.
No período em questão, o Palácio do Planalto pretende aprovar no Congresso a proposta que estabelece um teto de gastos públicos e a medida provisória que criou o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), responsável pela gestão do pacote de concessões em infraestrutura e que caduca no dia 9 de setembro se não for votada.
Para ajudar Maia, uma equipe presidencial permanecerá em Brasília. Ela inclui o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), os secretários Moreira Franco (PPI) e Márcio de Freitas (Comunicação) e o assessor especial Mozart Vianna.O peemedebista só deixará o país após cerimônia de posse no Congresso. Antes de embarcar, ele também gravará pronunciamento à nação para ser exibido no mesmo dia em cadeia nacional de televisão e rádio.Caso a fase final do impeachment se estenda até a madrugada do dia 31 de agosto, é possível que o peemedebista não participe de encontro com empresários em Xangai e tenha que viajar direto para Hangzhou, onde terá encontro com o presidente da China, Xi Jinping.
Fonte Bahia Econômica