Na próxima quarta-feira será comemorado o 7 de setembro, dia da independência do Brasil, e deve ser um período em que as pessoas que amam viajar poderão ter uma oportunidade de conhecer mais a Chapada Diamantina. Duas ótimas opções são as cidades de Jussiape e Rio de Contas. Jussiape teve seu povoamento em meados do século XVIII, com a chegada de exploradores de ouro nas Lavras Diamantinas, que faziam pousada no lugar onde hoje se situa a cidade.
Alguns se estabeleceram com a criação de bovinos, ficando a localidade conhecida por Fazenda do Gado. Cresceu o povoado em função da pecuária e do fornecimento de carne do sol da região das minas. Em 1890, mudou-se o topônimo para ‘Juciape’, vocábulo de origem tupi que significa ‘lugar onde a caça bebe água’. A cidade limita-se com os municípios de Abaíra, Ibicoara, Mucugê, Rio de Contas, Ituaçu e Barra da Estiva. O município é banhado pelo Rio das Contas e a sua sede fica situada nas margens deste rio, o principal atrativo natural da cidade.
Jussiape preserva seus costumes e suas tradições folclóricas e, ainda, agrega em seu território belezas cênicas singulares, o Morro do Cruzeiro de onde se tem uma vista geral da cidade; as cachoeiras do Cantagalo e do Bicho; as grutas da Tapera e da Tabatinga; a Toca da Onça no Espinho; a Serra da Itobira; os garimpos antigos; o balneário da Barra, em Caraguataí; os rios Água Suja, das Contas e Taquarí; dentre outras atrações turísticas. Há também, sítios arqueológicos significativos, a exemplo das representações pictóricas inéditas da Serra da Tapera e as pinturas rupestres do Espinho.
Rio de Contas
Considerada um dos três mais importantes conjuntos arquitetônicos coloniais da Bahia, tombada pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a cidade de Rio de Contas, com suas ruas largas e floridas, ladeadas por casarões coloniais, reúne um raro Acervo Público com cartas de alforria, sentença eclesiástica e certidões de escravos originais.
Dentre as construções centenárias, estão os prédios do Paço Municipal, a antiga Casa de Câmara e Cadeia, onde funciona atualmente o Fórum, a antiga Casa de Fundição, as igrejas matriz do Santíssimo Sacramento e de Santana (ambas do século XVIII), as capelas de Bom Jesus da Lapa e de São Sebastião (ambas do século XIX), e o teatro São Carlos, único construído na Chapada. Situada a 1.200 metros de altitude, Rio das Contas encanta, também, pela impressionante diversidade de sua flora: já foram catalogados 100 tipos de flores não-identificadas, além das mais de mil espécies vegetais diferentes. A cidade oferece o autêntico turismo ecológico, em meio a um clima agradável de montanha.
O destaque fica por conta do Pico das Almas, um dos mais altos pontos do estado, com quase 2 mil metros de altura, e que abre a uma vista maravilhosa dos grandes vales verdes recortados por rios, montanhas e pedras. A aventura inclui, ainda, acampamento no santuário ecológico do Largo do Queiroz, escaladas e trekking por riachos e matas. A bela cachoeira do Fraga; a ponte do Coronel; o povoado de Mato Grosso, com suas flores e hortaliças; e a Estrada Real que leva a Livramento, construída com grandes pedras regulares, há 300 anos, por escravos, são outros bons motivos para conhecer Rio de Contas. Jornal da Chapada