Especialistas recomendam como fazer bom uso do 13º salário

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Mais de 4,7 milhões de baianos devem receber décimo terceiro salário em 2016, o que representa uma injeção de R$ 8,4 bilhões na economia do estado até o final do ano. Com o fim do prazo legal para o pagamento da primeira parcela se aproximando, e com os baianos contando os dias para que o 13º caia na conta, especialistas aconselham sobre como o recurso extra deve ser usado a depender do perfil de cada pessoa: superendividado, endividado e ou sem dívidas.

Na avaliação do educador financeiro José Antonio Pizarro, se o consumidor está superendividado, o primeiro passo é ter consciência da situação atual dele. “O que acontece é que muitos estão assim, mas não reconhecem a gravidade da situação. Antes de pensar no destino do 13º, o ideal é que a pessoa faça um orçamento, classificando as dívidas em ordem de grandeza”.

Prioridades
Uma dica do especialista é priorizar as contas das concessionárias públicas de água, luz e telefone, principalmente se o consumidor já estiver em uma situação de inadimplência e avaliar, sobre as demais dívidas, quais são as dívidas mais caras. “Cartão de crédito e cheque especial são as que têm maior taxa de juros e vale a pena buscar estes credores para renegociar o débito. No entanto, o consumidor não deve assumir nenhum compromisso que não consiga arcar ou sair pagando as contas sem critérios”, explica.

Para Pizarro, a negociação é uma ótima saída, porque as empresas têm interesse em receber o pagamento, mesmo não sendo no valor integral da dívida contraída. “É importante guardar um pouco do recurso para as despesas de começo de ano, como volta às aulas, material escolar e os impostos como IPTU e IPVA. Por isso, o consumidor deve fazer um planejamento de 12 meses para saber como os recursos serão alocados”.

A estratégia de usar o salário extra para pagar dívidas também é a mais indicada pelo educador financeiro e idealizador do blog Quero Ficar Rico, Rafael Seabra. “Se você está endividado e sobretudo se estiver inadimplente, o ideal é que utilize qualquer dinheiro extra para o pagamento das dívidas”, acrescenta.

Planejamento
Para quem tem dívidas a vencer como parcelamentos ou prestações, o planejamento é essencial para que o consumidor não entre em um processo de inadimplência. “Na medida que ele se planeja e organiza os pagamentos, ele sabe quais as despesas que terá com ceia e presentes, por exemplo, e não deve assumir nenhum compromisso que não tenha capacidade de pagar”, diz Pizarro.

Na opinião do educador financeiro Carlos Eduardo Costa, para alguém que está com as dívidas equacionadas no orçamento, o melhor destino para o 13º é a criação de um fundo de emergência. “Nesse momento de turbulência que vivemos é essencial ter uma reserva. Se a pessoa ficar desempregada, por exemplo, esta quantia pode dar uma certa tranquilidade. Quanto maior o recurso, maior é a tranquilidade”, completa.

Reservar parte desse dinheiro para o pagamento das despesas do início do ano também é uma boa. “Se você tem o recurso disponível, é interessante pagar os tributos a vista para obter descontos”.

Melhor das situações
Há dois caminhos para os consumidores que não têm dívidas, a depender se eles já têm uma reserva ou não. “Quem não tem um fundo de emergência deve começar a fazer uma poupança para não correr riscos de ser pego desprevenido e acabar se endividando. É importante pensar no investimento como uma forma de realizar objetivos a médio e longo prazo”, aponta Pizarro.

Uma boa divisão nesse caso, na avaliação do especialista, é utilizar no máximo em torno de 50% a 60% com as festas de fim de ano, presentes, férias e outras despesas, alocando 40% do recurso para uma poupança para situações inesperadas.

Se o consumidor não tem dívidas e já possui uma boa reserva para emergências, Rafael Seabra recomenda utilizar parte do recurso extra para agilizar o alcance de algum objetivo financeiro. “Ele pode usar o recurso para viabilizar a troca do carro ou a compra de um imóvel, e gastar a outra parte livremente”.Fonte correio 24h

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