Nervosismo, ansiedade, tédio, fome, frustração ou até mesmo uma forma de relaxamento. O hábito de roer as unhas é um problema comum, porém, ainda com as causas não muito bem resolvidas pela comunidade médica, de acordo com um estudo publicado na revista especializada ‘Iranian Journal of Medical Sciences’. Estima-se que o problema afete entre 20% e 30% da população mundial.
Segundo Andréia Leverone, chefe do Centro de Estudo das Unhas da Santa Casa da Misericórdia, no Rio, o hábito pode trazer prejuízos para a saúde, além de ser uma porta de entrada para diversas infecções e deixar as mãos com um aspecto descuidado. “O descontrole em roer unhas é um transtorno que pode fazer com que a unha cresça de forma danificada. Processos inflamatórios com secreção também podem ocorrer. Além disso, a boca, os dentes e a gengiva sofrem com essa prática”, afirma Andréia, acrescentando que para disfarçar a aparência das mãos, algumas mulheres acabam optando por colocar unhas postiças.
“Essa é uma outra prática comum que não é recomendada. O risco de danificar as unhas quando se retira o produto é grande, podendo causar ainda mais complicações”, diz a especialista. De acordo com o jornal Extra, o dermatologista Murilo Ramos explica que o hábito é ainda mais prejudicial para quem tem problemas circulatórios e imunológicos. Isso porque a infecção pode invadir a corrente sanguínea e complicar o quadro. “Ainda tem aqueles que além de roer, engolem as unhas, o que pode resultar em problemas gastrointestinais, como esofagite infecciosa, gastrite e até apendicite”, ressalta Murilo.