O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC 50/2016, que autoriza a realização de vaquejadas e rodeios no Brasil. Antes, uma PEC já tinha sido aprovada para garantir esses eventos, depois, a proposta foi revogada, numa demonstração que nesse país leis são meros remendos no estilo “samba do crioulo doido”. A nova medida foi votada na tarde desta terça-feira (14) e foi aprovada, no segundo turno, com 53 votos favoráveis, nove contrários e duas abstenções. A PEC, de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), recebeu 28 assinaturas, entre elas dos colegas baianos Roberto Muniz (PP) e Lídice da Mata (PSB).
Oto Alencar justifica que é preciso aperfeiçoar essa atividade da vaquejada – geradora de emprego e renda – e discutir o que é cuidar do bem-estar animal, sem negar a possibilidade de uma manifestação cultural. “Pior que derrubar um boi é derrubar o preconceito contra a cultura do Nordeste”, afirmou o senador Roberto Muniz, em seu discurso de defesa da proposta. Ele se mostrou preocupado “com o desprezo que a cultura urbana tem com o meio rural”. Após votação em dois turnos, a emenda constitucional já pode ser apreciada pela Câmara dos Deputados.