A Bahia deu um passo importante para o enfrentamento, no Brasil, ao Zika Vírus, doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypt. Por meio da Fundação Bahiafarma, o estado foi o primeiro a criar um teste sorológico rápido de identificação da doença, chancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A tecnologia, que poderá ser produzida e comercializada em todo o País, vai acelerar a conclusão do diagnóstico, que atualmente leva meses para ser obtida. A informação foi divulgada à imprensa pelo secretário Fábio Vilas-Boas, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (31), no Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA), no bairro de Brotas, em Salvador.
O teste rápido permite a detecção por meio do comportamento dos anticorpos do paciente em qualquer fase da doença, o que, além de confirmar o diagnóstico em até 20 minutos, colabora também na identificação de infecções recentes (até duas semanas). O procedimento chega a custar 15 vezes menos do que a técnica laboratorial conhecida como PCR, usada atualmente para identificar os casos da doença. De acordo com Vilas-Boas, o teste em tempo hábil facilita as ações de combate à epidemia e dá mais segurança à população.
“Em qualquer posto de saúde, seja nos lugares próximos ou nos mais longes, o paciente saberá, em minutos, a resposta”, disse o secretário. O desenvolvimento do teste foi realizado por meio de uma parceria entre o Governo da Bahia e a empresa sul-coreana Genbody Inc.m, que firmaram um acordo de transferência de tecnologia para a Bahiafarma.