Todas as categorias da Polícia Civil do Estado da Bahia e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) vão paralisar as atividades por 24 horas nesta sexta-feira (2), conforme deliberação da Assembleia Unificada.
Delegados, investigadores, escrivães, peritos criminais, peritos técnicos, médicos legistas e odontos, a partir das 9h, vão realizar um ato público em frente ao Centro de Operação e Inteligência (COIN), próximo à Secretaria de Segurança Pública, localizado no Centro Administrativo (CAB), onde será feito um protesto em repúdio à precariedade e falta de estrutura das unidades policiais e em defesa do Anteprojeto de Reestruturação Salarial das Carreiras já entregue à Secretaria Estadual de Administração (Saeb). Os serviços essenciais serão mantidos de acordo com o percentual exigido por Lei.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Marcos Maurício, destaca que 90% das delegacias do Estado estão inadequadas, com condições de extrema precariedade e diversas delegacias foram instaladas em casas residenciais. Maurício esclarece que o objetivo da paralisação é chamar atenção da sociedade e do Governo em relação à situação da Polícia Civil “que está falida” e passando por muitas necessidades. “A Secretaria de Segurança Pública investiu R$ 260 milhões na construção do COIN e, enquanto isso, as delegacias estão totalmente abandonadas!”, criticou Maurício.
Já o presidente da Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Adpeb), Fábio Lordello, enfatiza que na tabela salarial, a nível nacional, a Polícia Civil baiana possui a pior remuneração do Brasil. Lordelo explica que a partir de sábado (3) a categoria irá trabalhar sob o regime de Operação Padrão, ou seja, a categoria só vai executar as atividades que estiverem com todas as condições de trabalho exigidas por Lei. “Se não tivermos os equipamentos adequados para fazermos as perícias e as investigações, não iremos fazer! O objetivo da Operação Padrão é agir com a legalidade”, pontuou o delegado Fábio Lordello.
O presidente da Associação dos Investigadores (Assipoc), Ary Alves, lembra que a paralisação será feita por todas as categorias com o intuito de pressionar o Governo para que o Anteprojeto de Reestruturação Salarial da Polícia Civil e Polícia Técnica seja sancionado pela Assembleia Legislativa. “Reivindicamos a valorização profissional, melhores condições de trabalho, a nomeação dos concursados de 2013, 2014 e os remanescentes de 1997, para podermos prestar um bom serviço à sociedade, Hoje temos policiais que precisam fazer bicos para complementar a renda”, criticou a liderança.
O presidente da Associação dos Escrivães (Aepeb), Luiz Carlos, ressalta que a Assembleia é soberana e os escrivães vão seguir a deliberação de paralisação. “Estamos lutando por uma demanda comum para todos!”, garantiu. Fonte Jornal da Chapada