Brasil corre risco de ser rebaixado novamente, diz FITCH

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A transição de governo, caso o Senado vote pelo afastamento de Dilma Rousseff, será “pacífica e suave” e pode representar uma “oportunidade” de melhorar a performance econômica do país, mas não renderá a Michel Temer um cheque em branco.

Essa é a avaliação da Shelly Shetty, diretora sênior de ratings soberanos da Fitch, agência de classificação de risco que rebaixou na quinta (5) a nota de crédito brasileira de “BB+” para “BB”, com perspectiva negativa, ou seja, a classificação brasileira pode sofrer nova redução nos próximos meses, segundo informou a Folha.

Para Shetty, ainda mais importante do que Temer formar um bom gabinete econômico, é assegurar um Congresso coeso o bastante para aprovar reformas necessárias para a reestruturação de um país ameaçado por recessão profunda e prolongada. A agência estima que o PIB brasileira vai encolher 3,8% neste ano e vai crescer 0,5% no ano que vem.

“Claramente, uma coalização se formou no Congresso a favor do impeachment. Mas pode ou não se formar a favor das reformas.” Segundo a diretora da Fitch, o país pode sofrer um novo rebaixamento nos próximos meses caso a eventual nova administração falhe em promover reformas essenciais para estabilizar os gastos públicos do país, como a previdenciária.

Questionada sobre que sinais a escolha de Henrique Meirelles transmitiria, Shetty afirma que a agência não pode comentar potenciais ministros.

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