Caixa voltará a financiar até 70% de um imóvel usado

0

Quase um ano depois de endurecer os critérios de financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal voltou atrás e anunciou uma série de medidas na tentativa de estimular a construção civil, ampliando a demanda por financiamento habitacional.

Entre as mudanças, está o aumento da cota de financiamento para aquisição de imóveis usados: a faixa que ia de 40% a 60%, agora pode chegar a 70% do valor da unidade, para trabalhadores do setor privado. A Caixa também reabriu a oferta de empréstimos para compra do segundo imóvel.

A expectativa, segundo a presidente do banco, Miriam Belchior, é elevar o volume de contrações em 13% neste ano, o equivalente a 64 mil unidades habitacionais a mais: 29,7 mil serão financiadas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS e 34,3 mil pela poupança.

Para aumentar a oferta de crédito, a Caixa Econômica usará recursos adicionais do FGTS. Dos R$ 22,5 bilhões liberados em fevereiro pelo Conselho Curador do fundo, R$ 16,1 bilhões serão destinados ao banco. Também está prevista uma linha de credito R$ 2,4 bilhões com taxas especiais para construtoras de todos os portes.

O dinheiro poderá financiar a produção de imóveis de até 500 mil reais, afirmou a Caixa. Para o financiamento de usados, as novas cotas ficam assim: passa de 50% para 70% para unidades de até R$ 750 mil, financiadas pelo Sistema de Financeiro de Habitação (SFH), cujos clientes são trabalhadores do setor privado. Para funcionários públicos, a cota foi elevada de 60% para 80%.

Imóveis usados financiados pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), acima de R$ 750 mil, em Minas, São Paulo, Rio e Distrito Federal, e de R$ 650 mil nos demais Estados, passam de 40% para 60% no setor privado. E de 50% para 70%, no público.

Repercussão
As novas regras foram vistas por representantes do setor como uma “correção” das medidas tomadas há quase um ano, quando houve redução da fatia que poderia ser financiada. Entretanto, diante da falta de confiança dos consumidores em meio à recessão econômica, especialistas apontam que a mudança pode ter impacto limitado.

Isso porque o problema do setor não está apenas na disponibilidade de crédito, mas também na demanda por unidades residenciais, afirmou o pesquisador da Fipe, Eduardo Zylberstajn. “As pessoas estão com dificuldades no mercado de trabalho e falta confiança para aquisição de um imóvel”, disse. Ele também criticou a volatilidade “nas regras do jogo”. “Isso prejudica o mercado porque o consumidor não sabe como serão as normas quando puder comprar um imóvel.”  Fonte correio 24h

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui