Nos últimos cinco anos, tomate e feijão foram protagonistas de memes sobre o aumento espantoso de preços. Como são produtos agrícolas suscetíveis a desempenho de safras e cotações no exterior, logo voltaram a um patamar monetário mais decente. Pena que com carro não seja assim!
Muitos modelos encareceram neste mesmo período e hoje custam bem mais que em 2011 — os reajustes superaram a margem dos 30%, na maioria dos casos, e até 40% em outros. Tem gente que vai argumentar que a inflação acima de 40% (IGPM, IPCA etc) nestes cinco anos é justificativa, assim como a variação do dólar. São fatores que pesam na cadeia automotiva, sem dúvida, mas a lógica neste caso é diferente: os carros também estão mais caros porque o brasileiro continua a pagar por eles.
“A gente observa que o carro aqui é bem mais caro, e muitos justificam pelos tributos, pelos custos, mas também pelo mercado. Brasileiro gosta de carro e a fabricante pode colocar o preço que achar justo”, observa André Braz, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV).Fonte UOL