Conhecimento é importante, mas não é tudo. As empresas querem profissionais com capacidade criativa e bom relacionamento pessoal

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Por Murilo Alencar, Chief Technology Officer (CTO) da nstech

 

Alavancar a carreira, mudar de emprego, buscar novas oportunidades, crescer profissionalmente. A hora pode ser agora. O Brasil registrou crescimento de 7% no total de novas vagas de emprego com carteira assinada em 2021. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o país fechou o ano passado com saldo superior a 2,7 milhões de empregos formais. E as perspectivas continuam boas.

 

O avanço da vacinação e a superação do momento mais severo da pandemia de Covid-19 fizeram com que muitas empresas voltassem às atividades normais. Com a retomada da atividade econômica e o nível de desemprego retornando ao patamar pré-pandemia, é hora de se preparar para novas oportunidades no mercado de trabalho, pois elas existem.

 

A notícia é positiva especialmente para os profissionais ligados à tecnologia. Se nos últimos dois anos a economia e a geração de empregos foram impactadas pela pandemia, 2022 traz esperanças de retomada dos negócios e melhores oportunidades às carreiras. Ajustes nos modelos de gestão, trabalho híbrido e mudanças de comportamento e postura fazem parte de uma nova realidade.

 

Atividades na área da saúde devem continuar em alta, mas as profissões ligadas à tecnologia, engenharia de software, ciência de dados, segurança cibernética e infraestrutura estão entre as mais demandadas em 2022, de acordo com estudo do LinkedIn.

 

Um fator também atrativo para a tecnologia é que o trabalho pode ser realizado de maneira remota. Ou seja: independe de onde você esteja, há oportunidades para o seu talento e ninguém mais duvida que o home office para profissionais de tecnologia será mantido.

 

Os municípios do interior assumiram protagonismo na geração de empregos. Das 20 cidades com maior crescimento no saldo de vagas, só quatro são capitais e a mais bem colocada é Palmas, no Tocantins, na 14ª posição.

 

As cidades com maior número de empresas de tecnologia se saíram melhor. Entre os municípios com mais de 200 mil habitantes, Osasco (SP) teve o melhor saldo: 24 mil novas vagas, alta de 16% em relação a 2020. Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, ficou com a segunda posição: 7,74 mil postos de trabalho com carteira assinada abertos no ano passado: crescimento de 12%.

 

O Caged também aponta as cidades recordistas em números absolutos de emprego. São Paulo liderou, com mais de 336 mil novas vagas. Na sequência, por ordem, aparecem o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Salvador.

 

Indiscutível dizer que a globalização e as transformações digitais tiveram e têm impacto sobre o mundo do trabalho. Empresas estão investindo em inovação e absorvendo os resultados do incremento da tecnologia nos processos, operações e comportamentos sociais.

 

Quem busca boa colocação profissional também precisa se moldar aos novos tempos. As habilidades técnicas – ou hard skills – não são mais a única exigência. As organizações buscam profissionais com novas habilidades. O caminho é apostar no lifelong learning, termo em inglês que significa, em tradução livre, aprendizado ao longo da vida.

 

O conceito que preconiza a educação contínua reforça a tese de que as soft skills – ou habilidades emocionais – são tão importantes quanto o conhecimento técnico. Para os empregadores, ter um time com soft skills desenvolvidas faz toda a diferença.

 

Entre as habilidades mais desejadas atualmente estão resiliência, comunicação, empatia, liderança, capacidade criativa para lidar com os problemas e facilidade no relacionamento interpessoal.

 

Nesse novo momento das relações de trabalho, ter conhecimento, sim, continua muito importante. Porém, é preciso ir além de oferecer outros atrativos para as organizações. Acredite, vale o investimento

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