Definitivamente a Operação Lava Jato acabou. Não há como mais duvidar disto com a decisão da Polícia Federal de encerrar o grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. Como a PF é subordinada ao Ministério da Justiça, é estranho que esta decisão tenha sido tomada após alguns dias apenas de assumir o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, numa mudança suspeita feita pelo presidente Michel Temer. A indicação e rápida nomeação levantam fortes indícios de que a decisão tenha sido uma manobra política para abafar a operação.
Como se sabe, a Lava Jato vem conseguindo desbaratar a maior quadrilha de roubos a recursos públicos, envolvendo figurões da república, a exemplo do próprio presidente Temer. E, também, há investigações importantes em curso, como o anúncio das delações de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.
Estranha-se, neste momento, uma mudança como essa. E, ainda mais, quando não são os petistas no momento alvo da investigação. E o interessante é que, quando chega ao PSDB, como o caso do senador Aécio Neves, há essa mobilização.
Para pedir explicações sobre isto, o deputado federal Robinson Almeida (PT-BA) vai protocolar nesta sexta-feira (7) um requerimento para pedir ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, maiores explicações. Segundo Almeida, há “fortes indícios” de que a decisão tenha sido uma “manobra política para abafar” a operação.
Deputado federal Robinson Almeida, PT-BA quer explicações