Deputados baianos estão no páreo para participar de comissão do impeachment

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Pelo menos seis deputados federais baianos já estão no páreo para compor a comissão especial de 65 parlamentares que decidirá se há ou não razões para abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

Da lista, três estão confirmados: Arthur Maia, pela cota do SD; João Carlos Bacelar, escolhido para representar o PTN; e Uldurico Júnior, que herdou a vaga por ser o único integrante do PTC na Câmara. Os outros três nomes, embora não estejam confirmados, têm alta cotação na bolsa de apostas formada ontem no Congresso. Um deles é Benito Gama (PTB), que possui vasta experiência no tema. Em 1992, foi o relator do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

Correm por fora Tia Eron (PRB), que manifestou interesse em uma das duas vagas do partido no colegiado, e Afonso Florence (PT), considerado o governista mais disciplinado na bancada do estado em Brasília. DEM e PSDB da Bahia devem ficar fora da equipe de titulares da comissão.

Barrado no baile
Integrante destacado da ala antigoverno no PMDB, o deputado Lúcio Vieira Lima trabalhava para ocupar uma das oito cadeiras destinadas aos peemedebistas na comissão, mas esbarrou no líder da legenda na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), a quem cabe a escolha. “Ele só vai (nomear) quem estiver alinhado ao Planalto. Mas não vai adiantar. Quem vai decidir mesmo é o povo, é a mobilização nas ruas”, minimizou. Para tanto, Lúcio iniciou costuras para manter o recesso parlamentar, parte da estratégia de impulsionar o impeachment só após as férias escolares.

Lei do retorno
Famoso pela habilidade política, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), levou um duplo xeque no tabuleiro do impeachment. Após negar as mentiras atribuídas a Dilma Rousseff por Eduardo Cunha, Wagner foi desmentido duas vezes. Primeiro, o vice-presidente Michel Temer disse que, ao contrário do que declarou o ministro, não falou sobre falta de “lastro jurídico” para o pedido em conversa com Dilma. Logo depois, o pernambucano Paulo Câmara (PSB) negou ter assinado a carta dos governadores do Nordeste em defesa da petista, movimento articulado diretamente por Wagner.

Água fria em gato escaldado
O presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), sofreu a primeira derrota na cruzada judicial para se desfiliar do partido. Recentemente, o Ministério Público Eleitoral opinou desfavoravelmente ao pedido de Nilo para se desligar da sigla e ingressar em outra, sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Em manifestação à Justiça, o MP deixou claro que, se ele quiser sair do PDT, que o faça por sua conta e risco. Desde que perdeu o duelo de poder travado com o presidente da sigla na Bahia, o deputado Félix Mendonça Júnior, Nilo tenta o abrigo legal para mudar de casa. Fonte Correio

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