Por: A tarde
Através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Prisional), cerca de 950 detentos das unidades prisionais da Bahia fazem cursos de qualificação profissional. No Conjunto Penitenciário de Lauro de Freitas, por exemplo, 30 internos fazem cursos de panificação e jardinagem e outros 122 trabalham em atividades como lavanderia, horta e fabricação de chinelos e sacolas. “Estou tendo a oportunidade de fazer um curso que eu não pude fazer lá fora, onde, muitas vezes, a formação é cara. É importante e gratificante essa oportunidade que eu e meus colegas estamos tendo de aproveitar esse tempo”, afirma o interno Cleiton Francis, 31 anos, que participa do curso de panificação.
Segundo o superintendente de Ressocialização Sustentável da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), Luis Antônio Fonseca, as 950 vagas oferecidas neste ano envolvem as unidades prisionais e também as da Central de Penas e Medidas Alternativas. “Nas unidades de regime fechado, aberto e semiaberto, nós temos 350 vagas em 24 turmas em todas as regiões da Bahia, com cursos de marceneiro, pedreiro, cabeleireiro, eletricista, avicultor, entre outros”, explica.
Os cursos são realizados em duas etapas: teórica e prática. “Essas atividades têm reduzido, inclusive, os problemas de disciplina. Todos os trabalhos são remunerados. Eles recebem 75% do salário mínimo, sendo que 50% desse montante vai para a família e 25% vai para uma conta pecúlio, a qual eles têm acesso quando terminam de cumprir a pena”, destaca Arquimedes Benício, diretor-geral da unidade de Lauro de Freitas.
Com carga horária de 200 a 500 horas, os cursos são realizados em municípios como Salvador, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas, Itabuna, Feira de Santana, Brumado, Barreiras, Eunápolis, Ilhéus, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso e Teixeira de Freitas. Entre as atividades oferecidas estão confecção de bolsas em couro em material sintético, estamparia de tecido, manutenção e reparo de computadores, instalação predial de baixa tensão, maquiagem, costura com máquinas overloque, marcenaria, agricultura orgânica, saúde bucal, cerâmica e avicultura.
Fonte: A tarde