A presidente Dilma Rousseff ironizou a proposta de convocar novas eleições gerais como uma medida para encerrar a crise política que atinge o país. “Convence a Câmara e o Senado a abrir mãos de seus mandatos, aí vem conversar comigo”, disse, ao ser questionada por jornalistas.
A proposta vem sendo articulada por nove senadores do PSB, PPS e Rede. A ideia ganhou o endosso do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) na segunda-feira, segundo informou a Folha.
Em discurso na tribuna do Senado, ele afirmou que a possibilidade equivaleria à antecipação do fim do mandato, e não a renúncia ou impeachment. “Seria (…) antecipar as eleições presidenciais que aconteceriam agora em outubro próximo, concomitantemente com as eleições municipais”, explicou Raupp, segundo o qual a proposta não foi discutida com o PMDB.
Porém, Dilma demonstrou pouca preocupação com a possibilidade. Segundo ela, aceitar novas eleições seria abrir mão da segunda metade de seu mandato. “Eu acho que essas propostas de novas eleições, como várias outras, são propostas. Não rechaço, nem aceito”, disse a presidente.