Focada em diversidade na moda, empreendedora se torna referência em Salvador

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Por: Luan Borges/ Criativos

A luta pela diversidade e representatividade na moda tem sido uma contribuinte importante para gerar mudanças significativas na sociedade. De modo geral, apesar dos passos curtos, atualmente, marcas do ramo passaram a entender e enxergar melhor a diversidade dos públicos e, com isso, criar roupas para os diferentes tipos e tamanhos de corpos.

 

Para se ter uma ideia de como o movimento tem gerado transformações no mundo da moda, de acordo com a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), o mercado de moda plus size registrou uma movimentação de 7 bilhões de reais no Brasil, entre os anos de 2018 e 2019. Tendo uma média de crescimento anual de 10%.

 

Esse investimento das marcas na valorização da pluralidade de corpos é atribuído também ao movimento que é feito nas redes sociais, que apesar de ser um ambiente propício para a proliferação de conteúdos que reforçam padrões obsoletos de beleza, se tornaram aliadas em prol de conteúdos mais inclusivos. Dessa forma, muitos homens e mulheres que buscam se sentir representados pelas grifes, lojas e marcas, na hora de encontrar roupas, se beneficiam da variedade.

 

Foi percebendo esse movimento da diversidade dos corpos na Internet, e presencialmente em seu empreendimento, que Kaline Rabelo, proprietária e diretora da Colcci – Salvador Shopping, entendeu a importância de atender não apenas a corpos dentro do padrão, mas que poderia ser uma contribuinte para a ruptura dos padrões ainda enraizados na moda.

 

A empresária conta que entendeu e aderiu à mudança em seu negócio a partir do momento em que parou para ouvir os clientes, principalmente as mulheres, e a enxergar suas angústias e dores. “É sobre o que chamamos de sororidade! Ao ouvi-las foi que pude entender que existem outras demandas, além das primárias, que o mercado estipula e que essa mulher precisa ser ouvida sempre e inserida”,destaca.

 

Kaline Rabelo conta que atualmente em seu empreendimento os tamanhos de roupas ofertados vão de 36 ao 50, mas revela que nem sempre foi assim. Existia um histórico de baixa procura dos números maiores, mas isso se dava por não haver oferta. Ou seja, as pessoas não se viam representadas e não procuravam a loja. A partir do momento em que busquei entender e atender as necessidades desse público, percebi uma grande demanda a ser atingida”, ressalta.

 

Para a empreendedora, é de suma importância que outras lojas do setor de roupas se atentem para as necessidades do público plus size, por exemplo. “Como as grifes ditam a moda, é importante entender que elas têm um papel importante nessa construção, e se mais marcas caminharem juntas nessa direção, teremos, de fato, a inclusão”, frisa.

 

Na visão da empresária, enquanto mulher, todo esse movimento interno junto ao externo tem sido gratificante, pois a sensação de chegar uma cliente que veste tamanho GG, por exemplo, e ela sair da loja satisfeita por ter encontrado o que ela queria é extremamente gratificante. “Encher uma mulher de autoestima e fazer com que ela se sinta feliz do jeito que ela é não tem preço”, conclui.

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