Os juros cobrados pelos bancos em suas operações com cheque especial e cartão de crédito rotativo voltaram a subir em março, após apresentarem queda em fevereiro deste ano, informou o Banco Central. No caso do cartão de crédito rotativo, a taxa passou de 487,8% ao ano em fevereiro para 490,3% ao ano em março deste ano. Com isso, atingiu o maior patamar desde janeiro (497,5% ao ano). A série histórica dessa modalidade de crédito foi revisada.
Já os juros do cheque especial, ainda de acordo com a autoridade monetária, avançaram de 327% ano em fevereiro para 328% ao ano em março, também o maior nível desde janeiro (328,3% ao ano). Especialistas recomendam que essas modalidades de crédito (cartão e cheque especial) só devem ser utilizadas em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo, devido ao custo proibitivo. No caso do cartão de crédito, a recomendação dos economistas é que os clientes bancários paguem toda a fatura no vencimento para não deixar saldo devedor.
O mês de março foi o último antes das mudanças nas regras do cartão de crédito. Pelas novas normas, que começaram a valer neste mês de abril, o rotativo só poderá ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado. A expectativa do governo federal é que as medidas façam com que os juros do cartão caiam pela metade do patamar atual, ou seja, para cerca de 245% ao ano. Mesmo com essa queda, a taxa de juros cobrada pelos bancos ainda seria muito elevada pelos padrões internacionais.
O BC, que tem informado que busca estimular a competição entre os bancos para baixar os juros, informou recentemente que os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país e também 78,48% dos depósitos.
Fonte Bahia econômica