O número de casos da síndrome de Guillain-Barré no Nordeste aumentou em mais de 100% no ano de 2015 em comparação a anos anteriores, conforme o último resumo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença. Inclusive especialistas estudam a possibilidade de haver uma conexão com o zika.
No ano do estudo foram verificados 1.708 casos da doença. Enquanto Alagoas viu um aumento de 517% na incidência, a Bahia registrou uma ocorrência 196% maior, seguida de Piauí e Rio Grande do Norte, ambos com 108% de aumento.
A síndrome de Guillain-Barré é caracterizada pelo comprometimento do sistema nervoso ao ser atacado pelo sistema imune, e pode causar paralisia. O aumento total na incidência do problema no país foi de 19% em 2015, em relação a outros anos.
Como a síndrome é ainda uma doença de incidência relativamente baixa no Brasil (menos de 1 caso por 100 mil habitantes), cientistas afirmam que ainda é cedo para atribuir a elevação no número de casos de Guillain-Barré ao vírus da zika. “No momento, a informação disponível é insuficiente para interpretar as diferenças observadas na incidência de Síndrome de Guillain-Barré globalmente e entre estados brasileiros”, afirmou comunicado da OMS.
O problema é que ao lidar com uma síndrome tão rara, números absolutos pequenos são mais sujeitos a sofrer flutuação estatística. Alagoas, o estado que mais viu a incidência do problema neurológico crescer, teve apenas 50 casos em 2015. Com informações do G1.