Por: BBC News
Dois prédios desabaram na manhã desta sexta-feira na comunidade da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro. Ao menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas.
Segundo relatos, há 17 pessoas desaparecidas, mas os bombeiros não confirmaram o número.
A região da Muzema, no bairro do Itanhangá, sofre com alagamentos há anos e foi uma das mais atingidas pelas enchentes de quarta-feira. A comunidade é controlada por milicianos.
Veja o que se sabe sobre o desabamento, que aconteceu por volta das 6h30 desta sexta:
- Ao menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas.
- Segundo relatos, há 17 pessoas desaparecidas, mas os bombeiros não confirmaram o número.
- Os feridos estão sendo tratados no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. O Estado de Saúde deles não foi divulgado.
- A região é Área de Proteção Ambiental e os dois prédios que desabaram erram irregulares, segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro.
- Os prédios tinham quatro e seis andares, segundo relato dos moradores, e ficam no alto de uma rua com várias prédios novos construídos muito próximos um ao outro.
- Os imóveis ainda estavam em obras, mas mesmo assim havia pessoas morando no local.
- As obras nos prédios chegaram a ser interditadas em novembro de 2018, junto com outras construções.
- Mas, segundo a prefeitura, a fiscalização da região é complicada pelo fato da área ser dominada por milícias. “Os técnicos da fiscalização municipal necessitam de apoio da Polícia Militar para realizar operações no local”, diz a nota da prefeitura.
- Não chovia no momento do desabamento.
- Equipes da Defesa Civil, Bombeiros, Guarda Municipal, Light e Polícia Militar atuam no local.
Os bombeiros e a Defesa Civil interditaram toda a área que desabou e estão realizando buscas intensas no local. Há um cordão de isolamento a mais de cem metros de distância não deixando as pessoas se aproximarem.
Há muita gente aglomerada no local: vizinhos, parentes. A todo momento chegam mais pessoas desesperadas buscando notícias das vítimas.
Um dos famíliares das vítimas, Alan Santana, diz que seu tio Nonato estava no prédio e já chegou sem vida ao hospital. A identidade dos mortos ainda não foi divulgada oficialmente pelas autoridades.
Ele procura pela mulher do tio, Paloma. O casal tinha três filhos e tinham comprado o apartamento há pouco tempo, por um valor de cerca de R$ 50 mil.