Em pouco mais de três anos da atual legislatura, quase todos os senadores utilizaram a chamada “licença para atividade parlamentar”, que permite faltar a uma sessão deliberativa sem apresentar justificativa e sem desconto no salário. Segundo levantamento do G1, nesse período, 76 senadores atualmente no exercício do mandato e outros 13 que em algum momento exerceram o mandato requisitaram essa licença, que não existe na Câmara dos Deputados.
No total, são 1.320 ausências, pelas quais o Senado pagou R$ 1,48 milhão – considerando que um dia do salário mensal (R$ 33,7 mil) de um senador corresponde a R$ 1.125,43. O levantamento contabilizou as sessões deliberativas ordinárias realizadas desde o início de 2015, quando começou a atual legislatura, até abril deste ano.
Entre os senadores baianos, Otto Alencar (PSD) é o 10º mais faltante no Senado, com 32 dias de licença, o equivalente 12,6% das sessões ordinárias. Lídice da Mata (PDB) faltou 21 dias – 8,3% das sessões ordinárias – e Roberto Muniz (PP) foi o menos faltoso: 12 dias, 4,7% das sessões.