A candidata ao Planalto Marina Silva (Rede), única candidata evangélica na disputa presidencial em 2018, perdeu parte das intenções de votos dos eleitores da mesma religião que ela em comparação com as eleições de 2014. De acordo com o Estadão, atualmente Marina tem entre os evangélicos apenas 12% das intenções de voto, porcentual igual ao obtido entre os católicos ou seguidores de outras religiões, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.
Quando disputou a Presidência em 2014, as intenções de voto em Marina Silva entre evangélicos era de cerca de 43%, 12 pontos porcentuais a mais do que a taxa registrada entre os católicos. Se ela não tivesse perdido apoio entre os fiéis de sua religião, poderia liderar a corrida presidencial deste ano. No cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata do Rede tem 12% das preferências no eleitorado total. Ela está oito pontos porcentuais atrás de Jair Bolsonaro, do PSL.
Ainda conforme o Estadão, pesquisas realizadas em 2018 e neste ano apontam que o eleitorado evangélico expandiu-se. Em 2014 os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro. Além de já não ter um eleitorado marcadamente evangélico, a candidata da Rede não é a preferida nesse grupo – no cenário sem Lula, Bolsonaro tem 26% no segmento, desempenho superior ao registrado entre católicos (17%).