Pesquisa: Brasileiro acredita que economizar é comprar na promoção

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Quando o assunto é finanças pessoais, o brasileiro comum se mostra bastante despreparado. O endividamento das famílias, a alta inadimplência e o descontrole entre o que verdadeiramente compõe o poder de compra dentro do salário de cada um se mostra um problema conceitual, de acordo com especialistas.

Um exemplo é o entendimento de economizar como sinônimo de gastar, como mostram os resultados de estudo “Escolhas e Dinheiro”, do Itaú, divulgado nesta terça-feira (17). Explicando: para o brasileiro, aproveitar ofertas é sinônimo de economizar. E essa percepção transforma a poupança, que deveria ser sinônimo de economia, em algo exatamente contrário. “É impressionante, pois o conceito de economia fica na coluna de gastos”, afirma Denise Hills, superintendente de sustentabilidade do banco.

Ao apresentar a pesquisa, Denise citou outros dados para embasar o raciocínio. Segundo a divulgação mais recente da Serasa, somente 36% da população – pouco mais de três em cada dez pessoas – fazem algum tipo de reserva de dinheiro. “[Além disso] as pessoas conseguem elencar 70% dos seus gastos de cabeça, mas não tem a mínima ideia de onde os outros 30% estão sendo gastos”, complementa.

O cenário de negação à poupança é reflexo de todo o cenário de hiperinflação vivido no País décadas atrás, segundo o economista Caio Megale. Tornou-se uma questão cultural. “O brasileiro não tem a cultura de poupar, mas também não tem motivação [para tal] porque vive em um País que não poupa”, diz.

Além da contradição conceitual entre economizar e poupar, o estudo do Itaú mostra diversos aspectos da percepção e do comportamento do brasileiro ao se confrontar com a necessidade de gerir o próprio bolso. Você pode conferir aqui a íntegra do material. A amostra qualitativa analisou 64 perfis de correntistas da cidade de São Paulo.Fonte ig

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