Consumado o acordo que levou o PSB à neutralidade nas eleições, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), convidou o partido a integrar a coordenação geral da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.
Apesar de uma tendência favorável à oferta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, informou que ainda consultará outros integrantes do partido sobre a proposta antes da decisão.
“Fomos convidados para indicar um representante do PSB na coordenação da campanha do PT. Vamos decidir até o final do dia de amanhã [sexta-feira, 24]”, afirmou Siqueira.
O desempenho eleitoral de Lula -que chegou a 39% no último Datafolha- tem atraído aliados de diferentes partidos, inclusive os apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
No embalo das pesquisas e disposto a dar capilaridade à campanha, o PT montará comitês eleitorais em todas as capitais brasileiras, reativando uma rede criada em 2002.
A coordenação de cada comitê contará com um representante do PT, do PC do B e do PROS, partidos que formalmente integram a coligação petista. Um dos responsáveis por essa estrutura, o secretário-geral do PT, Romênio Pereira, explica que a composição dependerá do cenário em cada Estado e admite presença de partidos que apoiaram o impeachment, chamado de golpe pelo PT.
Romênio cita como exemplos o estado de Alagoas, onde o partido é aliado ao MDB. Lá, o MDB deverá integrar o comitê. Estado de Roraima, o PTB deverá ser incorporado à campanha petista. No Piauí, o PP será convidado a participar. Esse também é o caso do PSB de Sergipe e do Amapá. “A pessoa que quiser se incorporar ao projeto é bem-vinda. A bacia é grande”, diz Romênio.