Corolla? Esqueça. A missão de brigar contra o rival japonês ficará com as versões com motor 2.0 aspirado. A configuração turbo do Civic de 10ª geração terá a missão de incomodar os três-volumes de marcas premium alemãs, em especial o Audi A3 Sedan. Pelo menos essa é a expectativa da Honda.
O inédito propulsor sobrealimentado de 1,5 litro ficará restrito à versão de topo (o nome mais cotado para ela é Touring), com preço, nível de acabamento e conectividade maiores que de um Corolla Altis (atualmente vendido a R$ 102.990), podendo chegar a custar cerca de R$ 115 mil.
Enquanto define os itens finais de recheio e acabamento, a montadora nipônica segue testando unidades em nível intermediário de camuflagem (película zebrada e protetor na grade). É o que mostra o flagra enviado pelo leitor Edson Donizete. Nele, o carro aparece em uma avenida de Sumaré (SP), onde será produzido.
O que muda
UOL Carros aposta que as versões 2.0 flex (150 cv e 19,3 kgfm, com comando variável de válvulas), que devem receber os mesmos nomes das versões de Fit, City e HR-V (LX, EX e EXL), ganhem etiquetas entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.
Transmissão manual de seis marchas só deverá ser aplicada ao Civic LX. As demais devem utilizar a especificação revisada do câmbio CVT (continuamente variável), visando maior eficiência em consumo.
Atualmente essa mesma motorização está acoplada a uma caixa automática convencional de cinco velocidades e ganha nota C na avaliação geral do Conpet, Programa Nacional de Etiquetagem Veicular do Inmetro. No comparativo direto do segmento, é letra B.
Desde as versões de entrada o novo Civic será dotado de itens como controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, freio de estacionamento elétrico, conjunto de airbags com bolsas laterais e de cortina e luzes em LED.
O carro também será responsável por estrear no Brasil uma nova versão da central multimídia da marca. Além de espelhamento via cabo HDMI e MirrorLink (algo já existente hoje em HR-V, CR-V e no próprio Civic), ela será compatível com os sistemas CarPlay e Android Auto, a partir de telas táteis de 5 ou 7 polegadas.
Mimos da versão turbo
Para o Civic turbo (propulsor 1.5 4-cilindros de 176 cv e 22,4 kgfm, inicialmente importado e só a gasolina, com injeção direta de combustível), a promessa é elevar padrão de refinamento, a fim de encarar A3 Sedan, Mercedes-Benz CLA e afins.
Bancos em couro microperfurado nas faixas centrais, acabamentos suaves ao toque no painel e nas portas, freio de estacionamento por tecla e até partida do motor por botão são itens prováveis neste pacote.
Por enquanto, o novo motor virá importado para ser montado localmente junto ao resto do veículo. A Honda prevê para uma segunda fase do projeto sua nacionalização, com adaptação para que ele também beba etanol. Fonte Uol/Carros