A permanência do senador Renan Calheiros na liderança do PMDB no Senado tem ficado cada vez menos provável. Isto porque o peemedebista vem se colocando contrário a forma como foi elaborada algumas matérias consideradas importantes pelo presidente Michel Temer, como as reformas trabalhista e previdenciária.
Apesar da probabilidade dele ser substituído nesta terça-feira (30) durante a reunião da bancada na Casa, segundo a Coluna Estadão, Renan tem declarado a aliados que Temer sairá do governo antes de ele ser destituído da liderança.
Na última quarta (24), em discurso no Plenário do Senado, Renan chegou a afastar a ideia de que estaria “isolado” da bancada e disse que a atual correlação de forças entre os senadores do partido aponta para uma divisão em relação às reformas. O líder alertou ainda que não cabe a Temer interferir na liderança da bancada, e que qualquer alteração deve ser tomada pelo conjunto dos senadores do PMDB.
“O PMDB não é um departamento do Executivo, não é um subproduto do governo. Coincidentemente tem na Presidência da República um filiado, mas isso não significa que o PMDB vai aceitar, sem discutir, toda imposição do Palácio do Planalto”, declarou na ocasião.