A Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) divulgou que, em comparação com o ano passado, no período de 1° de janeiro a 26 de março, houve uma queda de 38,1% nos roubos a bancos. Na Bahia, o combate a essas ações é realizado por três diferentes órgãos: a Força-Tarefa, criada em 2011 pela SSP-BA; o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco); e pelas unidades especializadas da Polícia Militar (PM-BA), presentes em todas as cidades do estado.
“De 2011 até o final do ano passado, capturamos aproximadamente 800 pessoas: 171 criminosos foram mortos em confronto e 544 armas apreendidas, resultando na desarticulação de 98 quadrilhas especializadas em roubos contra instituições financeiras. Estamos fazendo nossa parte, trabalhando integrado e isso fica refletido nos números”, esclareceu o diretor do Draco, o delegado Marcelo Sansão.
Mesmo com a redução, o medo dos assaltos permanece e atinge não só os moradores, mas também os funcionários dos bancos, que muitas vezes acabam sendo reféns dos assaltantes. No ano passado, o tesoureiro de uma agência do banco Santander, em Barreiras, no Oeste da Bahia, foi feito refém pelos assaltantes e ainda teve explosivos presos ao corpo. A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE) alega que o reforço na segurança dos colaboradores tem sido uma reivindicação constante.
“Com tantos assaltos acontecendo, os trabalhadores ficam em constante estado de medo. É necessário não só a prevenção, como também um tratamento adequado ao funcionário depois do ocorrido. Muitos desenvolvem traumas e síndrome do pânico. Eles precisam de afastamento e acompanhamento psicológico, e isso nem sempre acontece”, declarou Manuel Souza, presidente da Federação. (Correio)