O presidente interino, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (4) em São Paulo que o governo pode começar a adotar medidas impopulares. Na ocasião, ele recebeu carta de apoio de 46 entidades do agronegócio.
O presidente interino também disse que coloca decisões econômicas acima de interesses eleitorais. “Estamos em um sistema de muita contenção. A contenção não começou a aparecer ainda, daí a importância desse documento, como outros setores da indústria e dos varejistas, que também me procuraram para revelar apoio. Esse apoio é fundamental porque a partir de certo momento, começaremos com medidas, digamos assim, mais impopulares”, afirmou, sem especificar quais seriam.
“As pessoas me perguntam. ‘Você não teme propor medidas impopulares?’ Não. Porque o meu objetivo não é eleitoral. O meu objetivo, nesses dois anos e meio, se eu ficar dois anos e meio, é conseguir colocar o Brasil nos trilhos, é o que basta”, afirmou, segundo informou a Folha.
O presidente não entrou em detalhes, mas um dos temores dos empresários é que uma das medidas seja aumento de impostos. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descarta a opção para poder aumentar a arrecadação do governo e melhorar as contas públicas.
