O prefeito de Lagoa Real, Pedro Cardoso Castro (MDB), é contra a Medida Provisória (MP) 827/2018, que trata da atuação dos agentes comunitários de saúde e do aumento no piso salarial da categoria em 52,86% ao longo de três anos – a cada dois anos, os agentes frequentarão cursos de aperfeiçoamento que serão organizados e financiados, de modo tripartite, pela União, além do piso atual de R$ 1.014,00, que passará a ser de R$ 1.250,00 em 2019 (23,27%); de R$ 1.400,00 em 2020 (12%); e de R$ 1.550,00 em 2021 (10,71%).
Cardoso disse que vai ser um horror para os municípios. “Vai ser um horror se isso aí acontecer, pois praticamente vai triplicar o salário. Vamos ter ainda que pagar curso superior, 14º salário, insalubridade, vai ser um horror, sem contar o e-social”, ressaltou. Pedro disse que recentemente esteve em Brasília, em uma reunião com o presidente Michel Temer (MDB), e o mesmo teria assegurado que não irá sancionar a MP. Na pior das hipóteses, caso a lei seja sancionada, o gestor destacou que os municípios pequenos não irão sobreviver e, tampouco, os prefeitos, ao final dos seus mandatos, conseguirão fechar as suas contas, tornando-se, em última instância, inelegíveis. “Homem de bem não vai querer ser prefeito porque é muito complicado. É uma conta que não fecha, porque você tem a despesa, mas não tem a receita. Você vai gastar mais do que ganha? A gente fica entre a cruz e a espada”, avaliou. Achei Sudoeste