O chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff, ministro Jaques Wagner, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode se tornar assessor especial da Presidência da República se não puder assumir a Casa Civil.
Em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o impeachment, alertando que ele significará um agravamento da crise econômica e não sua solução, como defendem os favoráveis ao afastamento de Dilma da Presidência, segundo informou a Reuters.
Deslocado neste mês do comando da Casa Civil para a chefia de gabinete de Dilma de forma a abrir espaço para Lula no ministério, Wagner disse que caso o ex-presidente não possa assumir como novo titular da pasta deve ser mantido no governo em outra posição, como assessor especial.
De acordo com o ministro, seria mais legítimo em uma crise de popularidade que se propusesse antecipação de eleição, “pois o governo que vai sentar lá não vai ter legitimidade” no caso de um processo de impedimento.
O ministro ressalvou que antecipar eleições não está previsto na Constituição e que precisaria ser aprovado por meio de emenda constitucional. O ministro afirmou ainda que a questão não está na pauta do governo. Wagner, porém, mostrou confiança que o governo pode evitar o impeachment na Câmara dos Deputados. “Não digo que teremos base de 250 votos contra impeachment, sou favorável a escolher 220 a 230 para garantir fidelidade”, disse. Fonte Bahia Econômica