O parecer pela cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aprovado no Conselho de Ética da Câmara, já foi lido em plenário. O procedimento era necessário para que o caso pudesse ser votado em plenário, onde é preciso o voto de 257 deputados para determinar a perda do mandato do peemedebista.
Agora, cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcar a data para a votação do pedido de cassação, após o prazo de duas sessões. Maia tem afirmado que pautará a votação apenas numa sessão com quórum elevado de deputados. A ideia, segundo o presidente da Câmara, é garantir a presença elevada de deputados para dar legitimidade à decisão.
O presidente da Câmara tem evitado confirmar uma data para a votação do caso e diz que ela só deve ocorrer após a Câmara votar o projeto sobre a renegociação da dívida dos Estados.
Eduardo Cunha é alvo de processo de cassação na Câmara por ter omitido a existência de contas na Suíça em depoimento à CPI da Petrobras. As investigações da Operação Lava Jato ligaram as contas no exterior do peemedebista ao recebimento de propina do esquema de corrupção da Petrobras. (Estadão)