A presidente afastada Dilma Rousseff vai ao Senado fazer sua própria defesa no julgamento final do impeachment. Seus aliados e o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros, vinham aconselhando ela a comparecer. A data deve ser dia 29, quando a defesa fará a sustentação final. O presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, que comando o processo no Senado, está fazendo os acertos, porque Dilma quer falar e sair, sem perguntas.
Dilma afirmou não estar preocupada com interrupções ou mesmo indagações agressivas de alguns senadores. “Nunca tive medo disso. Aguentei tensões bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia”, disse. Lewandowski e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniram ontem com os líderes dos partidos para fechar o rito do julgamento final, que começará dia 25.
Renan e os líderes defendera no encontro que o julgamento continue no final de semana – dias 27 e 28 -, com a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. Renan e os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e do DEM, Ronaldo Caiado, defenderam a sugestão. Esta semana, a presidente fez um um pronunciamento de 13 minutos, no qual leu a íntegra da carta que enviará aos senadores, a presidente afastada Dilma Rousseff disse que mantém a esperança de voltar à Presidência, reafirmou que é inocente e defendeu um plebiscito para a convocação de novas eleições e de uma reforma política.
Mais uma vez, Dilma afirmou que um eventual impeachment de seu mandato seria um golpe. A petista, que falou no Palácio da Alvorada acompanhada de cinco ex-ministros, disse que nesse período enquanto lutava contra sua deposição ouviu críticas à sua gestão, bem como elogios, os quais escutou com “humildade”. Para a presidente afastada, num regime presidencialista não se pode derrubar o chefe de Estado pelo “conjunto da obra”. Fonte Bahia Econômica