Baixa renda deve ser a mais penalizada pela inflação em 2016

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Após passarem o ano de 2015 com o bolso muito mais apertado devido à inflação, as famílias de baixa renda devem ser novamente as mais penalizadas pela alta de preços em 2016, avalia o economista André Braz, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV). “As fontes de pressão, apesar de menores que em 2015, continuam sendo preços administrados e alimentação, que consomem grande parte do orçamento dessas famílias”, diz.

No ano passado, a inflação subiu 11,52% para a baixa renda, a maior taxa da série (iniciada em 2004) e mais que os 10,53% enfrentados pela média dos consumidores brasileiros. A diferença se dá, segundo Braz, porque itens de maior peso no orçamento da baixa renda foram os que ficaram mais caros em 2015, como energia elétrica, tarifas de ônibus e alimentos.

Segundo a FGV, a energia elétrica subiu 46,76% no ano passado, e o item consome 5% da renda da família menos abastada (contra 3,8% na média). O ônibus urbano, por sua vez, avançou 14,6%. Essa despesa responde por 7% dos gastos dos consumidores mais pobres, mais que o dobro da média (3%). Na alimentação, a diferença da fatia também é grande: 32% contra 25%. E os alimentos ficaram 13,00% mais caros em 2015. Fonte Estadão

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