Chapada ganha reforço da agroindústria orgânica

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Foto: Reprodução/ A Tarde

Por: A Tarde

O projeto da agroindústria Bioenergia Orgânicos, sediada em Lençóis, foi apresentado ao vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, João Leão. O empreendimento já investiu R$ 40 milhões em pesquisa e no cultivo de oito frutos e projeta um aporte de mais R$ 60 milhões na fase de industrialização, prevista para este ano. Além disso, a empresa estima gerar cerca de dois mil empregos diretos e indiretos. O sócio da Bioenergia, Osvaldo Araújo, explicou porque a Bahia foi escolhida, após uma pesquisa entre três Estados do Nordeste. “A Chapada foi a que melhor se adequou ao projeto que inclui sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e inclusão social. Entendemos que o alimento orgânico é o futuro, por isso investimos no negócio”.

O vice-governador, por sua vez, acredita que a agroindústria vai tornar a região da Chapada um polo de alimentos orgânicos e gerar muitos postos de trabalho. “Isto porque, além do desenvolvimento econômico regional, nosso lema irá, ainda, valorizar a Agricultura Familiar e a cultura de alimentos saudáveis”, destacou Leão. O sócio da Bioenergia relata que a base experimental de desenvolvimento de pesquisas, realizadas por técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), fica na Fazenda Ceral Marimbus. Já na Fazenda Bonita estão instalados os viveiros e é onde tem a produção de mudas de abacaxi, acerola, manga, maracujá, limão, umbu, banana e goiaba. Neles, há o desenvolvimento de 24 variações de manga, realizadas por técnicos da EMBRAPA, que foram contratados pela empresa.

Na primeira etapa, explica Osvaldo Araújo, a marca Bioenergia não será vista nas gôndolas dos supermercados, nem haverá uma grande variedade de frutas. Toneladas de polpa de abacaxi, manga e maracujá serão envasadas em bombonas de 200 litros e vendidas a empresas produtoras de alimentos do mercado interno e externo. “Não se trata de concentrado, uma vez que a água natural das frutas será preservada. Será possível, por exemplo, consumir a polpa diretamente como suco, sem a mistura de qualquer outra substância. E o mais importante: sem conservantes. O processo de produção será automatizado e com uma técnica de assepsia que possibilitará o consumo em até dois anos, sem necessidade de refrigeração, mantendo as características originais”.

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