Uma rede de solidariedade entre movimentos sociais tem fortalecido a greve dos bancários, que completa 14 dias nesta segunda-feira (19) e já envolve 11.818 agências e 44 centros administrativos em 26 estados e no Distrito Federal.
Militantes dos movimentos sem-teto e sem-terra, pequenos agricultores e petroleiros são as categorias que mais vêm ajudando os bancários.
Em entrevista à Folha, o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, confirmou o que já se via nas agências de São Paulo: integrantes da entidade estão ajudando os grevistas nos piquetes em portas de agências.
A solidariedade entre bancários e sem-teto se dá por conta de pautas comuns. Em maio deste ano, por exemplo, MTST e Sindicato dos Bancários de São Paulo fizeram uma reinvindicação conjunta ao governo: pediram que uma redução da alíquota do recolhimento compulsório sobre a poupança de 20% para 15%, condicionada a financiar moradias populares, mostrando que os bancários não se mobilizam apenas por melhoria salarial, como costumam acusar toda categoria grevista.
Mas os sem-teo não são os únicos. Na sexta-feira (16), bancários e petroleiros, ambos em campanha salarial, fizeram um ato coletivo na Avenida Paulista com participação de integrantes do MPA (movimento de pequenos agricultores) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Em entrevista ao Vermelho, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, explica que a união entre trabalhadores é fundamental para o fortalecimento de todos: “É uma aliança operária por causas comuns. Quando os metalúrgicos do ABC paralizam, nós também vamos lá, ajudamos com transporte, alimentação, procuramos apoiar uns aos outros pois somos todos trabalhadores”, explica Moreira.
Do P V