Maranhão pede prazo para decidir se renuncia ao comando da Câmara

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A reunião da Executiva do PP, que poderia decidir já nesta terça-feira sobre a expulsão de Waldir Maranhão (PP-MA) do partido, foi adiada porque o deputado pediu prazo para pensar se renunciará ao cargo de vice-presidente ou à interinidade da presidência da Câmara. Foi convocada uma reunião da bancada para esta quarta-feira às 10h.

Desde segunda, quando acatou pedido da Advocacia Geral da União (AGU) e anulou parcialmente o impeachment na Casa, ele vem sofrendo pressões dos correligionários e líderes partidários. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ), que esteve com o presidente interino logo antes da reunião da Mesa Diretora, disse que Maranhão pediu prazo até hoje para decidir se poderá renunciar ao cargo e que, por conta disso, o partido poderá rever a expulsão do parlamentar. Lopes contou que, ao defender a renúncia do deputado, Maranhão disse que ele “não tinha o direito de lhe pedir isso”.

“O senhor não tem o direito de me pedir que renuncie, isso é uma decisão minha”, teria dito o presidente interino. Na tentativa de pressionar o presidente interino da Câmara a renunciar, a bancada do PP na Câmara, por sua maioria, decidiu apoiar o pedido de expulsão dele da legenda. Nos bastidores, deputados admitem que a decisão serve como pressão para que os aliados de Maranhão o convençam a renunciar ao cargo e evitar assim a punição maior.

Líderes partidários, por sua vez, decidiram esperar a posição de Maranhão até o início da noite desta terça-feira, antes de buscarem alternativas no Regimento Interno da Câmara para tirá-lo da Presidência ou deixá-lo sem poderes.

“Os deputados não querem ele presidente. Nós temos que ter instrumentos regimentais, que a Casa nos oferece, e nós vamos usá-los. Vamos usar o que o Regimento permite. Antes, vamos tentar o diálogo”, disse o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO).Segundo Arantes, que foi relator do impeachment na Câmara e é próximo do presidente afastando Eduardo Cunha (PMDB-RJ), técnicos da Casa estudam formas regimentais para afastar Maranhão da Presidência. fonteBahia Econômica

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