O prefeito Ricardinho, nesta sexta-feira (30), voltou novamente a falar a uma emissora de rádio de Livramento, desta vez na 88 FM, para rebater críticas de acusação de pagamento de valor a mais em contrato de show com a banda Calcinha Preta que se apresentou nesta cidade no dia 23 de junho, na Praça João Marques, na véspera do São João. A denúncia de suposto pagamento acima do valor foi divulgada em sites e blogs de Brumado e região em matérias que insinuavam suposto superfaturamento na contratação da banda pela prefeitura de Livramento para uma única apresentação pagando a quantia de R$ 98.000,00 enquanto que o mesmo show fora contratado também pela prefeitura de Aracatu por apenas R$ 28.000,00, destacando uma diferença de até R$ 70.000,00 e assim levantando suspeita de superfaturamento.
A reportagem se baseou em informações divulgadas nas edições eletrônicas dos diários oficiais dos dois municípios, tendo como fonte os extratos que tratam de inexigibilidade de licitação. De acordo com o DOM de Livramento, o valor de contratação de Calcinha Preta, representada pela empresa Axemais Entretenimento Eirele -ME, foi de R$ 98.000,00 (noventa e oito mil reais), enquanto que a publicação de Aracatu consta que a mesma empresa teria vendido o show da banda sergipana por R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais), para apresentação nos festejos de São Pedro daquele município, em data acertada para 9 de julho.
O prefeito Ricardinho disse para a emissora 88 FM que a denúncia é totalmente infundada e a matéria absurdamente equivocada. Revelou que é preciso observar que as bandas, conforme o peso da fama de cada uma, os valores de cachês neste tipo de mercado de produções de eventos têm tabela variável, especialmente entre datas comemorativas e especiais, cujos contratos dobram, diferentemente dos períodos normais, quando os valores caem. Assim como são os cachês cobrados entre os dias normais de semana, que são bem menos que contratados para sábados e domingos. Mas os próprios tribunais de contas dos municípios já são informados e sabem deste parecer para qualquer artista do Brasil.
A afirmação do prefeito se confirma de acordo com informações divulgadas pela própria empresa Axemais Entretenimento Eireli, através do sócio proprietário Guto Rodrigues, que alegou que o valor de R$ 28.000,00 para a contração da Banda Calcinha Preta estaria totalmente fora da realidade do valor de contratação atualmente no mercado, que gira em torno de R$ 70 a R$ 140 mil, a depender do período e da logística. Como prova apresentou o roteiro de programação firmado contratualmente. A saber:
22/06 Barreiras: R$ 130.000,00 – valor show único
23/06 Livramento: R$ 98.000,00 – valor dobrada de shows na noite
24/06 Jequie: R$ 97.140,00 – valor dobrada com 2 shows na noite
25/06 Euclides da Cunha: R$ 140.000,00 – show único.