Estação favorita dos baianos, o verão é também a época em que as pessoas se dão maior liberdade para fazer gastos com o lazer, inclusive se permitindo descuidar um pouco mais da saúde, seja participando de mais festas, consumindo mais alimentações calóricas ou bebidas alcoólicas, ou até mesmo se dando algumas férias das atividades físicas.
E por conta dessa mesma “liberdade” que boa parte da população se permite fazer, que os especialistas alertam aos perigos do exagero nos hábitos poucos saudáveis, principalmente para quem sofre de problemas relacionados à pressão arterial. De acordo com a cardiologista, Mariana Andrade, a hipertensão – um problema de saúde que atinge um a cada quatro brasileiros – deve ter a atenção redobrada justamente por se caracterizar como uma “doença silenciosa”.
“É uma doença que raramente dá sinais que se identifique de imediato. É comum flagrarmos a hipertensão no consultório já com alguma lesão nos órgãos alvos, que são o coração, o rim, e a visão”, alerta a médica. A doença pode começar cedo, no entanto, ela costuma “se instalar” no indivíduo, quando esse já tem entre 30 e 50 anos, e tem mais risco de se desenvolver conforme a pessoa vai envelhecendo.
Por essa mesmo razão, também é preciso ter um cuidado com a saúde principalmente a pessoa que leva uma dieta a base de alimentos com muito carboidrato, bebidas alcóolicas, e pouca atividade física. O ideal, segundo a Dra. Mariana, é que o paciente – principalmente aquele que já tem histórico familiar – façam avaliações gerais constantemente. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal no país. Associado ao cuidado no período nas visitas aos consultórios é necessário também substituir (ou no mínimo reduzir), os aperitivos comuns à estação (salame, camarão, produtos em conserva e frituras em geral) por frutas e muito líquido.
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, o índice de pacientes com idade entre 18 e 24 anos é de 8% contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. O diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%), do que em homens (20,7%). Fonte Tribuna da Bahia
